domingo, agosto 30, 2009

Ricardo Parreira



Ricardo Parreira em "Que Fado é Este Que Trago?" (2008, farol)


Quando comprei este álbum de Hélder Moutinho, nem sabia que era Ricardo Parreira a acompanhar à guitarra portuguesa! Desde 2001 que conheço Hélder Moutinho e que tenho todos os álbuns dele, e igualmente dos irmãos, mas confesso que gostei mesmo do acompanhamento deste novo álbum "Que Fado é Este Que Trago?"


Neste novo álbum "Que Fado é Este Que Trago?" encontam-se alguns fados mais "clássicos" e outros mais originais. Já conhecia o fado A Saudade (aut.: Linhares Barbosa) cantado por Carlos Ramos num Fado Menor e a versão de Hélder Moutinho da mesma letra no fado do Fontes Rocha deu um carácter mais lúdico ao tema da saudade enquanto que Carlos Ramos deu um carácter mais dramático. O acompanhamento musical também ajuda a transmitir um sentimento "alegre" ou"triste" consuente a tonalidade (maior ou menor), o andamento, o acompanhamento.


O fado que mais gostei de ouvir neste álbum é Vielas de Alfama. Hélder Moutinho já o tinha gravado em 1999 no seu disco de estreia "Sete Fados e alguns cantos" com Arménio de Melo à guitarra portuguesa. Neste novo álbum "Que Fado é Este Que Trago?" o guitarrista Ricardo Parreira dá uma nova musicalidade à este fado. Vielas de Alfama de autoria de Artur Ribeiro e música de Max foi criado em meados dos anos 1950. Além de Max também Carlos Ramos gravou este fado, e além de muitos outros artistas, mais tarde Nuno da Câmara Pereira, e Mariza gravaram Vielas de Alfama. Logo na introdução deste fado Ricardo Parreira usa uma outra linha melódica, que aparentemente pouco tem a ver com a melodia do refrão. De mesmo, a parte solística foge à melodia do refrão e ambos (introdução e solo) me fazem lembrar frases melódicas do guitarrista Mário Pacheco.

No livrete deste álbum, tenho de observar uma troca que ocorreu na autoria do fado Vielas de Alfama, e penso que vale a pena corrigir, e aqui vou me repetir, a letra de Vielas de Alfama é de Artur Ribeiro e a música é do Max, e é um fado que deu entrada à Sociedade Portuguesa de Autores em 1954.



A Cor do Olhos e Tenho uma Onda no Mar são 2 "fados" mais afastados da expressão musical fado, no entanto acompanhamento e interpretação não são exagerados no sentido que não se trata de nenhum pop, o conjunto é bastante discreto.

Só me resta a dar os parabéns ao guitarrista Ricardo Parreira, que, com os seus 21 anos, está a revelar-se um guitarrista de qualidade.


terça-feira, julho 28, 2009

Pedro Caldeira Cabral (1950)

Pedro Caldeira Cabral (1950)

Descobri Pedro Caldeira Cabral há alguns anos quando comprei 1 cd da World Network "Pedro Caldeira Cabral Portugal: Variações - Guitarra Portuguesa" gravado ao vivo na Alemanha (Musikhochschule, Kohln) em 1988 e editao em cd am 1992. Adorei todas as peças musicais quer d'origem fadista, tradicional ou erudita. O violista Paquito acompanhou-o resultou uma fusão bem organizada, perfeita diria eu.
Fiquei surpreendida com a versão "acelerada" do Vira de Frielas. Apesar de eu achar o andamento deste vira demasiado rápido, a sua performação é perfeita e equilibrada. Porém, com este andamento, o Vira de Frielas perde quase a sua característica de vira, tornando-se uma peça musical de virtuosidade.
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Mais tarde, adquiri o duplo cd "Memórias da guitarra portuguesa - A guitarra do sec. XVIII" da tradisom, e igualmente adorei todas as peças musicais. E também não me posso esquecer que, não só, gosto mesmo das composições de Pedro Caldeira Cabral como também da forma como interprete as suas músicas (e de outros compositores) e do timbre das suas guitarras.
Fantástico!

sábado, julho 25, 2009

Ricardo Rocha guitarrista blog

Ricardo Rocha guitarrista

Pelo facto de não se encontrar muita informação divulgada na internet (google, por ex) em torno da carreira de Ricardo Rocha guitarrista que tenha grande interesse, resolvi criar um novo blog (é só mais um). E também porque sou fã dele...
Será um blog com info sobre a sua carreira, ou sobre a forma como toca, ou as suas composições e por aí fora.

http://ricardorochaguitarrista.blogspot.com

segunda-feira, julho 20, 2009

Miguel Ramos, neto

Miguel Ramos (neto),

Há uns tempos referi (na verdade há uns 2 anos), num dos posts anteriores, que o filho do Miguel Ramos - Luís Ramos conhecido por Franjas - é guitarrista de Rock. Há uns meses atrás, ao querer reactualizar os meus blogues, recebi um comentário do neto do Miguel Ramos que também se chama Miguel Ramos (1989) a relembrar-me que também é músico, toca baixo eléctrico tal como o Franjas já me tinha contado, e igualmente se especializou na área da arte gráfica.
Foi um lapso da minha parte ter esquecido este pormenor, porque apesar de não se ter especializado no Fado, este Miguel Ramos baixista seguiu a música...